Sobre o Projeto

O trabalho de pesquisa sobre os Choros mogianos começou no ano de 2000, nessa época eu era estudante de violoncelo na ULM, (Universidade Livre de Música de São Paulo) e era violoncelista da Orquestra Sinfônica Jovem do Estado de São Paulo. Concomitante ao estudo erudito eu, que também sou músico popular, frequentava muito as rodas de Choro da Contemporânea e a “Rua do Choro” que acontecia na Rua General Osório no bairro da Luz, em SP, assim como frequentava também as Rodas de Choro na “Barbearia do Julinho” em Mogi das Cruzes, minha cidade natal.

Minha posição como aluno da ULM me proporcionou o contato com o rapaz que agendava as apresentações da Rua do Choro e eu comentei com ele que em Mogi havia uma roda de choro na barbearia e que havia um compositor incrível chamado Nilton Delphin que poderia apresentar seu trabalho autoral na Rua do Choro. O rapaz se interessou e pediu para eu gravar as músicas e mostrar pra ele.
Mediante essa oportunidade eu falei com Dudu Mendonça e conseguimos gravar 12 composições com Seu Nilton, ao bandolim, acompanhado de Dudu Mendonça no 7 cordas e Seu Eurico no cavaquinho. Levei essa fita cassete para o produtor que gostou muito e marcou de encaixar na agenda da programação da Rua do choro, porém, por motivos políticos, a rua do choro acabou bem nessa época. O sonho de ver um show do Seu Nilton não iria acontecer.

O tempo passou e em 2004, durante a gestação do meu 1° filho Vinícius acabei achando a fita com os chorinhos e decidi começar a escrever os choros pra fazer uma surpresa pro Nilton na barbearia tocando suas músicas e assim passei meses transcrevendo um partitura seus lindos choros. Num belo dia cheguei na barbearia todo orgulhoso, saquei do bandolim, pedi o tom e comecei a tocar um choro do Nilton, que logo foi seguido por outro e tive a hora de desfiar seu lindo repertório em sua homenagem e em sua presença. Foi uma tarde emocionante e depois saímos para tomar café na padaria e a alegria do Nilton era um presente pra todos nós. Ele pediu uma cópia das partituras e eu dei pra ele com muita satisfação.

Entre 2006 e 2008 faleceram Seu Julinho barbeiro e também Seu Nilton Delphin, então o choro na barbearia se acabou, migrando para outros pontos da cidade, continuamos tocando o chorinho com Seu Eurico e Dudu Mendonça.


Em 2009 eu era violoncelista de uma Orquestra de Tango chamada “De Puro Guapos” e acabamos fazendo uma temporada em Buenos Aires, lá eu conheci a “Orquestra Escuela de Tango” que ensinava o tango para as novas gerações e eu achei aquilo demais, pensei que seria muito legal fazer uma escola de choro em Mogi e ao voltar de viagem fui conversar com o secretario de cultura de Mogi, na época o Sr José Luiz que me orientou a fazer um projeto para Ponto de Cultura, pois estavam com inscrições abertas, fiz todos os procedimentos e acabamos conseguindo aprovar um Ponto de Cultura em Mogi, a “Escola de Choro Souza Eurico” em homenagem ao mestre Eurico.

O Ponto de cultura durou 2 anos e foi uma experiência incrível, onde ensinamos gratuitamente aulas de violão, cavaquinho, bandolim, flauta, clarinete e percussão para mais de 600 alunos, além de criarmos a Orquestra de Choro Souza Eurico, com quem gravamos um CD e fizemos diversas apresentações públicas.

Durante o tempo em que funcionou a Escola de Choro e com a Orquestra de choro formada, me ocorreu a ideia de fazer uma pesquisa dos compositores de choro da cidade e fazer um concerto autoral. Eu já tinha 12 choros do Nilton e fui atrás de compositores pela cidade, assim cheguei, além de mim, Paulo Henrique, aos nomes de: Eurico de Souza, Seu Julinho barbeiro, Mauro Machado, Ilídio Veloso, Gui Cardoso, Aline Chiaradia, Jony do cavaquinho, Sr. Sebastião Xavier e Jota Galocha. Assim eu montei um show com chorinhos autorais e apresentei com a Orquestra de Choro em 2013.

Em 2015 Mateus Sartori era secretario da cultura de Mogi e criou um estúdio de áudio municipal e ele se lembrou das partituras do Nilton e disse: – PH, vamos gravar um CD com a obra do Nilton? –Claro que sim!

Assim gravamos em 2016 o CD “O bandolim de Nilton Delphin” pelo estúdio municipal, comigo ao bandolim, Seu Eurico ao cavaquinho, Dudu Mendonça ao 7 cordas e Yrapoan Jr ao pandeiro. Dudu faleceu durante a mixagem do CD e acabou não vendo o trabalho finalizado, mas o álbum está nas plataformas e ficou demais!

Em 2019 me sugeriram de produzir um CD do Seu Eurico no estúdio municipal e eu acabei sugerindo o registro dos chorinhos autorais mogianos que eu tinha tocado com a Orquestra de Choro, assim teríamos um CD do Seu Eurico acompanhando os chorinhos e intérpretes da cidade, assim nasceu “Seu Eurico, 80 anos do mestre do Choro mogiano” que também está em todas as plataformas.


Em 2009 eu era violoncelista de uma Orquestra de Tango chamada “De Puro Guapos” e acabamos fazendo uma temporada em Buenos Aires, lá eu conheci a “Orquestra Escuela de Tango” que ensinava o tango para as novas gerações e eu achei aquilo demais, pensei que seria muito legal fazer uma escola de choro em Mogi e ao voltar de viagem fui conversar com o secretario de cultura de Mogi, na época o Sr José Luiz que me orientou a fazer um projeto para Ponto de Cultura, pois estavam com inscrições abertas, fiz todos os procedimentos e acabamos conseguindo aprovar um Ponto de Cultura em Mogi, a “Escola de Choro Souza Eurico” em homenagem ao mestre Eurico.

O Ponto de cultura durou 2 anos e foi uma experiência incrível, onde ensinamos gratuitamente aulas de violão, cavaquinho, bandolim, flauta, clarinete e percussão para mais de 600 alunos, além de criarmos a Orquestra de Choro Souza Eurico, com quem gravamos um CD e fizemos diversas apresentações públicas.

Durante o tempo em que funcionou a Escola de Choro e com a Orquestra de choro formada, me ocorreu a ideia de fazer uma pesquisa dos compositores de choro da cidade e fazer um concerto autoral. Eu já tinha 12 choros do Nilton e fui atrás de compositores pela cidade, assim cheguei, além de mim, Paulo Henrique, aos nomes de: Eurico de Souza, Seu Julinho barbeiro, Mauro Machado, Ilídio Veloso, Gui Cardoso, Aline Chiaradia, Jony do cavaquinho, Sr. Sebastião Xavier e Jota Galocha. Assim eu montei um show com chorinhos autorais e apresentei com a Orquestra de Choro em 2013.

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